A impressionante atuação do Brasil contra a Eslovênia, então invicta, encerrou a etapa carioca da Liga das Nações. A equipe de Bernardinho venceu decisivamente diante de uma torcida dedicada no Maracanãzinho, consolidando sua posição como forte candidata à liderança novamente. Além de convincente, a vitória por 3 a 0 (25-19, 29-27, 25-19) foi uma reação precisa às atuações irregulares das rodadas anteriores.
O objetivo da equipe no primeiro set era muito claro: cometer o mínimo de erros possível e assumir a liderança imediatamente. Após uma sequência particularmente eficaz com Judson no saque, o Brasil estabeleceu uma vantagem com um saque agressivo e uma defesa bem coordenada. Com 13 pontos cada, Alan e Honorato demonstraram uma conexão ofensiva inesperadamente sofisticada. O domínio demonstrado em quadra se refletiu no placar de 25 a 19.
| Time da casa | Oposição | Data | Localização | Resultado | Destaques |
|---|---|---|---|---|---|
| Brasil | Eslovênia | 15 de junho 2025 | Ginásio Maracanãzinho, RJ | 3–0 (25‑19, 29‑27, 25‑19) | Alan ©13 pts, Honorato/ Judson 13 pts |
O segundo set foi mais equilibrado e carregado de emoção. Bernardinho tomou a decisão decisiva de pedir tempo quando a Eslovênia abriu 18 a 16. A equipe voltou com mais união, empatou o placar em 24 a 24 e usou um forte último bloqueio para virar o placar para 29 a 27. Durante esse tempo, Flávio foi especialmente crucial, pois jogou com notável precisão no centro da rede, e Alan manteve o ritmo ofensivo com finalizações precisas.
O Brasil manteve o ritmo no terceiro set. O placar inicial apertado rapidamente deu lugar a uma diferença significativa, caracterizada por uma sequência de bloqueios incrivelmente confiáveis e ataques rápidos. A atmosfera emocional, porém revigorante, foi criada pela música “Voa Canarinho, Voa”, que tocava nas arquibancadas e trouxe de volta memórias de glórias passadas. Com 25 a 19, o set foi encerrado, coroando uma noite que permanecerá na memória dos torcedores como um símbolo de resiliência e recuperação.
Desde a derrota por 3 a 2 para Cuba, houve uma mudança perceptível na tática do jogo. Atrasos nas reações defensivas e contra-ataques irregulares, entre outras deficiências, foram bastante reduzidos. Uma equipe que vinha se desenvolvendo demonstrou uma abordagem mais assertiva ao jogo e a capacidade de controlar as emoções sob pressão.
É importante destacar que esta vitória devolve ao Brasil a confiança que vinha se deteriorando com o tempo. A torcida esperava uma resposta forte após o título de 2021 e as eliminações precoces nas três edições anteriores. Sem dúvida, esta atuação foi especialmente útil para restabelecer essa conexão. Além disso, Honorato e Judson demonstraram notável versatilidade, participando do ataque e da cobertura da quadra.
No segundo set, houve um momento inusitado em que uma bola desviada atingiu uma das câmeras de transmissão. Na tentativa de salvar a jogada, Lukas Bergmann acabou liderando o jogo, em uma cena que fez o público rir e reagir calorosamente. A atmosfera distinta que o vôlei brasileiro consegue criar em seus jogos em casa é reforçada por pequenos incidentes como este.
O desempenho também serve como um lembrete da história do Brasil no esporte e nos leva a comparações com ciclos olímpicos anteriores. A seleção inicia uma fase difícil, mas cheia de esperança, já que a segunda etapa está marcada para Chicago, onde enfrentará o Canadá no dia 25.
Em um momento em que o futebol ainda tenta se reestruturar e a ginástica artística vê novos nomes emergindo, esta vitória contribui para a retomada da proeminência do vôlei masculino no cenário esportivo nacional. O desempenho da seleção masculina reflete disciplina, habilidade e trabalho em equipe — valores que podem motivar atletas de outras modalidades.
Após o jogo, Bernardinho, visivelmente emocionado, disse que a equipe “mostrou caráter e cresceu sob pressão”. O sentimento do momento está encapsulado na frase. Além da vitória, esta equipe reafirmou quem é, o que é especialmente criativo considerando as recentes mudanças no elenco e no formato das competições.
Além disso, a mensagem é forte para os jovens atletas que assistiram ao jogo pela TV ou nas arquibancadas: contratempos podem ser transformados em impulso com treino, foco e trabalho em equipe. O Brasil demonstrou que ainda é capaz de voar e, com o apoio da torcida, pode alçar voos mais altos novamente.
